Resenha | A travessia dos condenados

No conto "A Travessia dos condenados" acompanhamos o jovem Zackary Voguel em sua jornada como interno do manicômio St. Germain. Através dos relatos sombrios de Voguel somos jogados em teias conspiratórias de um antigo ritual secreto ocultado pelas galerias subterrâneas do lugar amaldiçoado. A partir da descoberta e do seu contato com uma figura fantasmagórica, o narrador nos leva aos verdadeiros fatos que as paredes nefastas do lugar escondem.

Com elementos do horror clássico num conto rápido e envolvente que mescla desde oníricas viagens tenebrosas ao terror psicológico de uma realidade macabra. É inevitável não sentir arrepios à medida que percorremos os corredores penumbrosos e malditos das galerias subterrâneas de St. Germain, lugar amaldiçoado e abrigo de criaturas dos submundo. Prepare-se para uma viagem sem volta. A travessia para o inferno vai começar.

TÍTULO | A travessia dos condenados

AUTOR | Fernanda Vieira

ESPECIFICAÇÕES | 17 páginas, e-book

Precisamos falar sobre A TRAVESSIA DOS CONDENADOS, um conto que assombra e, concomitantemente, fascina!

Manicômios são sempre um ótimo plano de fundo para histórias de terror, porém, cabe ao autor nos apresentar um algo a mais, seja com uma pitada de loucura "lovecraftiana" ou recorrendo às entidades sobrenaturais, que sempre permeiam essas mal afamadas instituições.

Em A TRAVESSIA DOS CONDENADOS somos apresentados ao jovem Zackary Voguel, recém interno do manicômio St. Germain, um lugar sombrio e com muitos segredos ocultos. Ali ele se vê frente a algo além da sua compreensão, e através dos seus relatos, somos arrastados junto a ele, para as profundezas desse lugar nefasto.

Como é espetacular ser pego por uma história, adentrar em seu universo, participar de todas as situações arquitetadas ali por uma mente capaz de criar, inventar e imaginar tudo do mais inimaginável antes por nós e transpassar tudo isso através de uma narrativa distinta e eminente.

Fernanda Vieira consegue nos surpreender com uma mitologia muito bem organizada em tão poucas páginas, e notável, sua escrita sempre objetiva, dita um ótimo ritmo para a trama. O conto, harmonizado com um chocolate quente, fora o ápice de meu final de semana chuvoso.